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Conciliação

Uma Ponte para o Acordo.

conciliação se apresenta como uma ferramenta poderosa dentro do universo da Justiça Multiportas, atuando como uma ponte que facilita o diálogo e a construção de acordos entre partes em conflito. Seja você um cidadão buscando uma solução rápida para um problema ou um profissional do Direito explorando as diversas vias de resolução de disputas, este texto oferece uma visão clara e abrangente sobre a conciliação.

Para você, cidadão…

Simplificando a Conciliação

Imagine que você tem uma questão pendente com alguém – talvez uma dívida, um problema de vizinhança ou uma pequena disputa de consumo. Em vez de partir diretamente para um processo judicial longo e desgastante, a conciliação oferece uma oportunidade de conversar com a outra parte com a ajuda de um facilitador neutro, o conciliador.

Pense assim: o conciliador é como um facilitador da conversa, mas com uma atuação um pouco mais direta. Ele vai ouvir os dois lados, ajudar a identificar os pontos de concordância e, muitas vezes, pode até sugerir caminhos para um acordo que seja bom para todos. O objetivo principal é encontrar uma solução rápida e evitar um processo judicial desnecessário.

Quais os benefícios para você?

  • Rapidez: A conciliação geralmente é um processo rápido, permitindo resolver o problema em um tempo muito menor do que um processo judicial.
  • Economia: Evitar um processo judicial significa economizar com custas processuais e, muitas vezes, com honorários advocatícios.
  • Solução Construída pelas Partes: O acordo é resultado da conversa e da vontade das partes, o que aumenta a chance de ser cumprido.
  • Menos Desgaste Emocional: A conciliação busca um ambiente de diálogo e colaboração, reduzindo o estresse e a animosidade entre as partes.
  • Preservação de Relacionamentos: Em muitos casos, a conciliação permite resolver o conflito sem romper laços importantes, como entre vizinhos, familiares ou parceiros de negócios.

Em resumo: A conciliação é uma forma prática e eficiente de resolver conflitos de maneira amigável, com a ajuda de um profissional que facilita a comunicação e busca um acordo rápido e satisfatório para todos os envolvidos.


Para você,  profissional de Direito…

A Conciliação no Cenário Jurídico Brasileiro

A conciliação, inscrita no rol dos métodos consensuais de resolução de disputas, assume um papel central na política judiciária nacional, especialmente após a promulgação do Novo Código de Processo Civil (Lei nº 13.105/2015), que a elevou à condição de etapa preferencial na busca pela solução de litígios. Sua análise acadêmica abrange aspectos teóricos, práticos e normativos, com implicações significativas para a teoria do processo e à prática forense.

Conceituação e Fundamentos:

A conciliação configura-se como um método de resolução de conflitos no qual um terceiro neutro e imparcial – o conciliador – intervém com o objetivo de facilitar a comunicação entre as partes e auxiliá-las na construção de um acordo mutuamente satisfatório. Diferencia-se da mediação pela atuação mais diretiva do conciliador, que pode apresentar sugestões, opiniões e propostas (não vinculantes) de solução para o litígio. Sua base legal reside, principalmente, nos artigos 165 a 175 do Novo CPC, que detalham seus princípios e procedimentos.

Princípios Orientadores:

  • Imparcialidade do Conciliador: O conciliador deve atuar de forma neutra, sem favorecer nenhuma das partes.
  • Confidencialidade: As informações e propostas apresentadas durante a sessão de conciliação são confidenciais.
  • Busca do Consenso: O objetivo primordial é auxiliar as partes a chegarem a um acordo voluntário.
  • Informalidade: O procedimento de conciliação é caracterizado pela flexibilidade e pela ausência de formalidades excessivas.
  • Autonomia da Vontade: O acordo firmado em conciliação é resultado da livre manifestação de vontade das partes.

Aplicações e Relevância Acadêmica:

A conciliação encontra ampla aplicação em diversas áreas do Direito, sendo particularmente eficaz em:

  • Direito Civil: Disputas contratuais, obrigações, responsabilidade civil, direitos reais.
  • Direito de Família: Divórcios, guarda de filhos, alimentos, partilha de bens, sucessões.
  • Direito do Consumidor: Reclamações contra fornecedores de bens e serviços.
  • Direito do Trabalho: Dissídios individuais.
  • Juizados Especiais: Causas de menor complexidade.

No âmbito acadêmico, o estudo da conciliação é relevante para:

  • Analisar a Eficácia dos Métodos Consensuais: Avaliar o impacto da conciliação na redução da litigiosidade e na celeridade processual.
  • Compreender o Papel do Conciliador: Investigar as técnicas de comunicação, negociação e facilitação utilizadas pelo conciliador.
  • Explorar a Relação entre Conciliação e Processo Judicial: Analisar como a conciliação se insere no sistema processual e seus efeitos sobre o curso do processo.
  • Discutir os Aspectos Éticos da Conciliação: Refletir sobre os deveres e responsabilidades do conciliador.
  • Formar Profissionais Habilitados: Capacitar estudantes e profissionais do Direito para atuarem como conciliadores eficazes.

Desafios e Perspectivas:

Apesar dos avanços normativos e da crescente valorização da conciliação, ainda existem desafios a serem superados, como a necessidade de maior investimento na formação de conciliadores qualificados, a conscientização da população sobre os benefícios do método e a integração efetiva da conciliação nas práticas forenses. A pesquisa acadêmica pode contribuir significativamente para a superação desses desafios, através da análise crítica das práticas existentes e da proposição de modelos mais eficientes e adequados à realidade brasileira.

Em suma: A conciliação é um instituto jurídico de grande importância prática e teórica, representando um caminho promissor para a construção de soluções consensuais e para a otimização do sistema de justiça. Seu estudo aprofundado é fundamental para a formação de profissionais do Direito engajados na busca por uma justiça mais célere, eficiente e humanizada.